segunda-feira, 6 de julho de 2009

# 112 - 03/07/2009



CADILLAC RECORDS - Crônica do nascimento de uma das mais importantes gravadoras de black music americana, a Chess Records, nos agitados anos de 1950 em Chicago. A historia gira em torno de seu lendário criador, Leonard Chess, e de seu principal astro, Muddy Waters. Através do pioneirismo dos protagonistas, vemos a ascenção e queda desta legendária casa que foi uma das principais disseminadoras do blues para Estados Unidos e o mundo, influenciando diretamente na gênese do rock and roll ao abrigar em seus estúdios as primeiras gravações do "pai do rock", Chuck Berry. Belíssimas interpretações (inclusive musicais) de todo o elenco, encabeçado por Adrien Brody, Jeffrey Wright, Gabrielle Union, Columbus Short, Cedric the Entertainer, Eamonn Walker, Mos Def e Beyoncé Knowles. A riqueza do argumento se alimenta das complexas personalidades de artistas acima da média e que marcaram a historia da musica em todo o mundo, como Little Walter (um musico de grande talento e alma torturada que se escondia por baixo da fachada de um delinqüente arruaceiro), Willie Dixon, Howlin' Wolf (de personalidade forte e grande caráter), Etta James (outra alma atormentada, vitima das circunstâncias de seu nascimento, já que era fruto de miscigenação racial e foi rejeitada pelo pai) e Muddy Waters (o cara – e quem diz isso com todas as letras, como retratado no próprio filme, são os Rolling Stones, que viajaram aos USA em inicio de carreira especialmente para gravar nos estúdios da CHESS e ficaram extremamente emocionados ao dar de cara, na porta da gravadora, com o próprio Muddy, em pessoa). O filme também faz justiça a Chuck Berry, deixando claro que aquele jeito diferente de tocar blues que ficou conhecido posteriormente como rock and roll é sua cria. As dúvidas quanto a essa paternidade surgiram devido ao fato dele ter passado uma temporada na cadeia (por sedução de menor) justamente no auge de sua carreira, o que deu margem ao surgimento de outros ídolos do rock, alguns, como Elvis e Jerry Lee Lewis, de cor branca, algo bem mais palatável para a preconceituosa sociedade americana de então. Não é um filme audacioso em sua forma, muito pelo contrário, é construído num ritmo bastante convencional e conta a historia de forma didática. Mas é extremamente competente na reconstituição da época e foi surpreendentemente feliz na escolha do elenco. Os atores dão um verdadeiro show de interpretação, especialmente Adrien Brody como Leonard Chess, Jeffrey Wright na pele de Muddy Waters, Beyoucé como Etta James e Mos Def incorporando com perfeição o velho Chuck. Altamente recomendável. Uma excelente dica para uma sessão entre amigos no dia 13 de julho próximo, quando se comemora o Dia Internacional do rock. (por Adelvan)



"Grândola, Vila Morena" é uma canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime salazarista por ser associada ao Comunismo. Às zero horas e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a canção era transmitida na Rádio Renascença, a emissora católica portuguesa, como sinal para confirmar as operações da revolução. Por conta disso ficou associada com o início da Democracia em Portugal. Zeca Afonso estreou a canção em Santiago de Compostela (capital da Galiza) em 10 de Maio de 1972. No dia 29 de Março de 1974, Grândola, Vila Morena foi cantada no encerramento de um espetáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Curiosamente, para esse espectáculo a censura do regime fascista havia proibido a interpretação de várias outras canções de Zeca, entre as quais "Venham Mais Cinco", "Menina dos Olhos Tristes", "A Morte Saiu à Rua" e "Gastão Era Perfeito". Ainda na década de 70, Nara Leão a lançou no Brasil, em compacto simples. Em 1987 foi regravada pelo grupo de rock brasileiro 365, no seu LP "Mix da Música São Paulo", constando na 7ª faixa com o nome de "Vila Morena". (da Wikipédia)



Drop Loaded:

O Garfo – Alpa tino
Os Flutuantes – quero tentar te esquecer

Etta James – At last
Mos Def – No particular place to go
Jeffrey Wright – I´m your Hoochie coochie man
Raphael Saadiq – let´s take a walk
Eamon Walker – smokestak lightnin

Karne Krua – Dois gumes
Vendo 147 – Satangoz
Autoramas – Grandôla, vila morena
Cachorro Grande – A Alegria voltou
Plastique Noir – Fireworks (unleashed demo)
Plastique Noir – Inconstancy (loser shoegaze version)

Bloco produzido por Hugo Ribeiro:

Emerson, Lake and Palmer – Manticore
Frank Zappa – peaches en regalia
Gentle Giant – on reflection
Hugo Ribeiro – Citmaorch
Steve Vai – There´s something dead in here

Voivod – Global warning
Suffocation – Blood oath
Andralls – Crosses shall burn
Nucleador – space badtrip
Inrisorio – teatro cotidiano
Facada – Ferris saves
Revolta Civil – Igreja Ltda S/A
ROT – Paradigm lost
Purulence – signs of putrefaction

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