segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Enquanto isso, no Ceará ...



( confirmada mais uma data do Exploited no nordeste )

Festival Ponto.Ce confirma programação da 4ª edição

O festival retorna à Praça Verde do Centro Dragão do Mar – palco das primeiras edições. Nos próximos dias 6 e 7 de novembro, o Ponto.Ce acontece pela quarta vez em Fortaleza. Os escoceses do The Exploited, ícones do punk mundial, estão recém-confirmados para o evento. Confira a programação completa

A quarta edição do festival Ponto.Ce se aproxima com uma série de novidades. Marcado para os dias 6 e 7 de novembro, em Fortaleza (CE), o Ponto.Ce retorna à Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – onde foram realizadas as duas primeiras edições (2006 e 2007). Para este ano, pela primeira vez, o festival intercala a programação de 15 shows musicais com intervenções de dança, através de performances da Cia Vatá, e com a exibição de vídeos realizados pela produção do Nóia – Festival Nacional de Cinema e Vídeo Universitário que este ano acontece no final de outubro.

Além das exibições, a banda vencedora da Mostra Cearense de Bandas do festival de cinema ganha a oportunidade de abrir a segunda noite do Ponto.Ce. Entre as atrações locais, as veteranas (e já extintas) Jumentaparida e Switch Stance farão shows “revival”. A escalação de casa aponta para a diversidade, com a presença do Fulô da Aurora, e para o que as bandas cearenses têm feito Brasil afora, com Plastique Noir – hoje uma referência para a cena gótica nacional. Ainda pelo line up local, a Alegoria da Caverna volta com nova formação após uma longa pausa. E a banda Ignição abre a primeira noite.

The Exploited (Escócia) é o principal nome internacional do Ponto.Ce este ano. Com 30 anos de estrada e uma vasta discografia, o grupo é uma das referências do punk rock mundial e faz duas únicas apresentações no Nordeste. Além do Ponto.Ce, os escoceses estão escalados para a programação do Festival DoSol, em Natal (RN). É o mesmo caso do Pulverhund, da Noruega. No entanto, o trio norueguês ainda se apresenta em João Pessoa (PB).

A Vinil Laranja (PA), banda de Belém que participou do festival texano South by Southwest (EUA), e o novo projeto Infa & Os Inflamáveis (PE) tocam pela primeira vez em Fortaleza. E o Ponto.Ce completa sua programação com atrações bem conhecidas do público cearense: a exemplo dos cariocas do Moptop e da Maldita; e dos pernambucanos do Mombojó e do Del Rey – banda de versões do “Rei” Roberto Carlos que fechará esta edição.

Realização – O Ponto.Ce é promovido pela Bandeira R Produções Artísticas e selo Empire Records. Em 2009, o festival conta com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. O evento é filiado a Associação Brasileira dos Festivais Independentes (Abrafin).

Serviço – Festival Ponto.Ce 2009: Dias 6 e 7 de novembro na Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (Praia de Iracema), em Fortaleza (CE). Abertura dos portões: 18h. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Passaporte 2 dias: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). À venda a partir de 14 de outubro nas lojas Chili Beans (Iguatemi, shopping Aldeota e Jardins Open Mall) e Tent Beach (North Shopping). Info.: (85) 3253.6439 – www.pontoce.com.br

Confira a ordem da programação:

06/11/2009 (Sexta-Feira) – A partir das 19h

Ignição (CE)
Plastique Noir (CE)
Alegoria da Caverna (CE)
Vinil Laranja (PA)
Maldita (RJ)
Moptop (RJ)
Mombojó (PE)

07/11/2009 (Sábado) – A partir das 18h30

Banda da Seletiva Nóia
Fulô da Aurora (CE)
Infa e os Inflamáveis (PE)
Pulverhund (Noruega)
Switch Stance (CE)
Jumentaparida (CE)
The Exploited (UK)
Del Rey (PE)

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Plastique Noir é o grande nome da atual cena Gótica/Dark wave brasileira. Abaixo, uma entrevista publicada no site do Festival Ponto CE 2009, onde irão se apresentar.

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© 2009 Festival Ponto.CE 2009

Entrevistamos a banda Pastique Noir (CE), presença certa no Ponto.Ce 2009. Agradecemos desde já a colaboração e disposição do produtor da banda Rafael Lucena e ao grande vocalista Airton S.



Por que e como o nome da banda surgiu? Plástico Negro? O símbolo da mosca, o que representa? Embalagens de cadáveres…

Eu e o Mazela tínhamos vários nomes já nas primeiras sessions voz-e-violão da banda, quando nosso propósito ainda era levar a banda for fun (só depois, com o crescente feedback, passamos a encarar mais a sério): Sleep Hollow, Gothan, Phantascope (ou Phenakitoscope, o precursor do cinematógrafo dos irmãos Lumiére)… No fim, optamos por Plastique Noir mais em função do conceito noir – luz e sombras, o glamour retrô. Só depois cogitamos a idéia dos sacos pretos que envolvem corpos mortos, concomitantemente a nossa música envolver corpos (?)vivos(?). Depois, com o Dead Pop, eu quis ilustrar esse conceito de sermos hienas que riem sobre os restos mortais da indústria como a conhecíamos, com alguma forma pequena, icônica, recorrente a todo ambiente. A mosca cumpriu bem esse papel, além de ter ligação com a morte.



Por que vocês se vestem de terno preto e gravata? Qual o significado? Sempre utilizam essas roupas nas apresentações?

A gente tenta fugir dos clichês. O que o senso comum espera de um gótico é que ele apareça de couro, coturnos, correntes e moicano eriçado. Mas desde que resolvemos “abrir” o som (embora sem necessariamente “iluminá-lo”), o figurino teve que acompanhar essa sutil ruptura também. Nem sempre usamos o figurino do ensaio promo para o Dead Pop (terno e gravata). Muitas vezes acontece até algo engraçado: eu levo um figurino bem elaborado para o camarim e depois de horas, acabo decidindo colocar uma t-shirt leve para facilitar a movimentação em palco e os quilos de roupa voltam para casa sem eu sequer ter mexido na bolsa (risos). Depende muito do lugar em que tocamos, também. Se a cidade é fria ou quente…plastipng2



Como a banda recebeu a notícia de ser convidada para a edição de 2007 do maior festival gótico do mundo, o Wave Gotik Treffen, que acontece em Leipzig, Alemanha?

Foi meio assustador, porque já sabíamos que eles só bancam os headlines e naquela época do convite não tínhamos tanto dinheiro para viajarmos para a Europa. Show na gringa só vale a pena quando você arma uma tour inteira por pelo menos outras cinco cidades, do contrário o resultado é um grande desperdício de grana e stress. A melhor coisa foram os contatos que ficaram, os quais até hoje reverberam na forma de matérias para revistas a cada lançamento que soltamos, propostas de selos e visibilidade na cena mundial como um todo. Passada aquela edição do WGT, estive em alguns festivais mais ao norte no mesmo ano e a experiência in loco serviu pra compreender melhor o mecanismo da coisa. Numa futura outra oportunidade vamos estar melhor preparados.



Vocês falam de política nas músicas de vocês? Qual a visão Política da banda em relação ao Brasil, à Fortaleza e ao mundo?

Toda arte, toda expressão é política, inclusive isso que acabo de falar. Não somos engajados em causas institucionais, se é o que perguntou. O Mazela costuma dizer que nosso compromisso é com a arte e nisso eu estou com ele. O que não quer dizer que não tenhamos nossas opiniões sobre a merda de cidade/país/mundo em que vivemos e algumas delas são até impublicáveis. No geral, os três integrantes da banda tem uma postura parecida em relação a assuntos dessa natureza: estamos sempre nos informando e tentamos agir da forma mais ética possível, mas sem abraçar causas ou levantar bandeiras e sempre sob um certo pesar niilista, que não é improdutivo e tampouco forçado a fim de casar com o conceito da banda – na verdade, lá no fundo não somos caras muito felizes, mesmo. Talvez por isso a gente recorra tanto às saídas hedonistas para escapar da neurose.



Qual o ponto em comum entre a banda?

Vários. A priori somos caras individualistas mas que sabem casar o talento peculiar de cada um de forma que o grupo não entre em colapso – pelo contrário, é aí que nos tornamos uma bola mortífera girando sempre pra frente. Temos o consenso e o comprometimento com a produção de uma música minimalista, de cunho melancólico/reflexivo/agressivo e que tenta versar de forma inteligente sobre questões ora pessoais, ora escapistas, exteriores, abragentes, sem jamais esmorecer ou temer mudar os rumos criativos quando necessário. Gostamos de coisas B, trash, de ficar ébrio, não temos frescura com quase nada e encaramos com muita raça as barras que às vezes rolam nas viagens. Agimos infantilmente às vezes, mas na maioria das vezes somos adultos lúcidos. Para o bem e para o mal somos impulsivos, nunca paramos muito pra pensar “será que dá?”, a gente vai lá, mete as caras e faz, estamos pouco nos fodendo pras consequências. Mas o pior (melhor) de tudo é: sabemos no que cada um de nós se sai melhor e não hesitamos em usar isso como arma uns contra os outros ou contra o mundo (risos). Relendo a resposta que acabo de dar, convido vocês a perceber comigo: já repararam como tudo que se refere ao Plastique Noir é sempre dúbio?



O fato de estar no palco faz comer muita gente ou isso é lenda?

Somos conservadores no que se refere a sexo. Comemos gente dentro de quatro paredes, nunca no palco. Bem, tirando talvez o Mazela, que não raro é expulso de boates por promover indevidamente a superlotação mista de toaletes.



Quem é o cara mais chato da banda e por quê?

Não queiram jamais convidar quaisquer de nós três para tocar na sua banda, você vai se arrepender e não vamos durar nem três ensaios. O Mazela é um erudito indisciplinado de inteligência majoritariamente emocional e jamais lógica, o Danyel é um virtuose lacônico cheio de mistérios e que gosta de passar por cima de todo mundo feito um rolo compressor e eu sou um apaziguador prolixo que se vale da própria habilidade conciliadora para galgar status nas hierarquias em que se insere, além de sofrer de DDA crônico. Não bastasse tudo isso, somos ególatras pra caralho. Mas no fundo também somos almas sensíveis, do tipo que chora em finais de filme e que abraça e beija o outro quando está bêbado. Não temam, aproximem-se, que vocês vão acabar gostando da gente (risos). Até então eu tenho tentado responder a entrevista de forma que os três integrantes estejam incluídos nas respostas. Mas acabo de cogitar uma resposta alternativa aqui, que exclui o Mazela justamente por advertir sobre o mesmo: se o encontrarem bêbado por aí, afastem-se. Fujam para as montanhas. Mulheres, crianças e góticos primeiro.



Os roadies são bem tratados? Vocês batem neles?

Quem bate neles é o Bebeco, vulgo Master Blaster!



Myspace da banda http://www.myspace.com/plastiquenoir

SIte: http://www.plastiquenoir.net/index2.htm

Fotolog http://www.fotolog.com.br/plastiquenoir

Orkut http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=5365324

Twitter http://twitter.com/plastique_noir

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