quarta-feira, 12 de junho de 2013

# 276 - 08/06/2013

saara saara foi um projeto musical criado em 1985 no Rio de Janeiro pelos músicos Servio Tulio (vocal, efeitos sonoros, programação eletrônica) e Raul Rachid (máquinas, teclados, programação). Foi uma das bandas independentes mais tocadas pela radio Fluminese FM, a "maldita", na época. Lançou seu primeiro disco, "sucessos que o mundo esqueceu", apenas em 2003.

Os 5 Generais, de Brasilia, é considerada por muitos a primeira banda gótica nacional. Foi destaque no início dos anos 1980, junto a bandas como Plebe Rude, Escola de Escândalo, Arte no Escuro, Elite Sofisticada.

Já o Kafka foi formado em São Paulo nos anos 1980 por Abrão Levin (vocal e guitarra), Renato Mello (sax e guitarra), Renato R. (baixo) e Paulo Blitter (bateria). Lançaram dois álbuns pelo Selo e loja Baratos Afins, e ainda hoje é possível encontra-los por lá, inclusive uma versão em CD com os dois trabalhos. Clique AQUI para ler uma entrevista com a banda.

O Último Número é de 1985, de cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, e foi batizada com o título de um poema de Augusto dos Anjos. 


Finis Africae, também de Brasilia, nasceu em 1984. Seu nome quer dizer, em latim, “nos limites da África”. Foi inspirado pela leitura do livro "O Nome da Rosa", do escritor italiano Umberto Eco, que dava ao principal mistério de sua saga o nome de Finis Africae. O significado do finis revelava a intenção sonora da banda, que surgiu misturando batida tribal com ritmos negros como o funk e o soul com levada de rock baseada no pós-punk inglês.

A Nervosa, banda de São Paulo, faz um Thrash Metal cru e sem firulas! O site Menina Headbanger fez uma pequena entrevista com a Fernanda Lira, vocalista e baixista, onde ela conta um pouco da trajetória da banda. Confira!


Há quanto tempo você toca contrabaixo e como surgiu a ideia de montar a banda?

Eu tentava arranhar o baixo imitando meu pai desde pequenininha, mas peguei firme mesmo lá pelos 13, 14 anos, e desde então foi uma dedicação ininterrupta, pois passei por três bandas antes da NERVOSA, todas elas formadas apenas por garotas. Não que esse sempre quisesse ser meu foco principal pra divulgar a banda, mas sempre fui uma grande admiradora de bandas parcial ou totalmente integradas por garotas, como Warlock, Chastain, Acid, e principalmente Rock Goddess e Girlschool. Decidi sempre me envolver com bandas com esse foco, porque hoje em dia, creio que é interessante fazer algo 'diferente' dentro do metal, para que a banda se destaque, além de, obviamente, música de qualidade que vem em primeiro lugar. Bandas com mulheres existem em menor quantidade do que bandas com homens, então esse acaba, ainda hoje, sendo um diferencial. Acho que toda banda tem algo que a torne particular, única em relação às outras, no nosso caso, talvez seja esse. Fico feliz de ver MUITAS outras bandas, algumas inclusive BEM mais antigas que nós seguirem por esse caminho! Existem muitas mulheres apaixonadas por metal tanto quanto nós e é legal ver todo mundo expressando essa devoção montando sua própria banda.

Quanto à 'criação' da NERVOSA, a banda já existia desde 2010, mas com outras formações que não haviam dado certo, por isso não houve uma preocupação anteriormente em fazer uma divulgação firme da banda. Mas as meninas, basicamente, queriam outras meninas para fazer um Thrash com pegada e de qualidade! 

Da onde surgiu o nome "Nervosa"?

O nome já havia sido escolhido quando ingressei na banda, mas eu me apaixonei pelo nome pelo mesmo motivo que elas os escolheram: um nome em português, agressivo, porém feminino ao mesmo tempo! Sem contar que é algo simples e muito fácil de memorizar e assimilar. Pelo bem ou pelo mal, quem ler, dificilmente vai esquecer do nome! Hehe! 

Montar uma banda formada somente por mulheres não é algo simples, como foi que você encontrou as demais garotas?

Olha, eu posso dizer com TODA A CERTEZA que é MUITO difícil, porque já tive muitas experiências anteriores.

O legal da NERVOSA é que somos focadas totalmente na música, temos os mesmos ideais de querer fazer a coisa acontecer, deixando de lado as picuinhas que geralmente são problemas em outras bandas de mulheres. Não ligamos para o que a outra veste, não ficamos de picuinha nem fofoquinha, não damos trela para que qualquer bobeira influencie no humor e no foco da banda. Por isso eu amo essas meninas! Eu entrei na banda bem depois de sua criação, já na metade de 2011, e então a banda resolveu investir em compor, fazer shows e se divulgar! A história foi bem interessante. Em janeiro eu tinha acabado de ser expulsa da minha ex-banda e aquilo foi, de início, TÃO traumático pra mim, que eu tinha decidido nunca mais tocar em lugar algum. Não conseguia mais confiar em ninguém e nem acreditar que outras pessoas poderiam me aceitar em uma banda do jeito que sou, do jeito que me visto, do jeito que me comporto, do jeito que me comprometo, o que não aconteceu na minha banda anterior. 

Então um dia, eu tava hiper triste e passei a tarde com meu namorado. A gente resolveu assistir àquele filme sobre a biografia da banda The Runaways. Em um momento, a vocalista da banda, no filme, diz pra guitarrista Joan Jett que gostaria de ter sua vida de volta, porque não aguentava mais a vida do rock. então, a Joan fala pra ela "Bem, ESSA é a minha vida". E naquele momento eu percebi que a minha vida É o metal e que eu não podia desistir do meu sonho por outras pessoas julgarem que eu era irresponsável, que a minha cabeça "tinha parado nos anos 80" e que meu colete com patches as incomodava. Então decidi me revigorar e seguir em frente. Nisso, sempre tive MUITO APOIO ININTERRUPTO dos meus amigos e familiares. Devo muita coisa a eles. MUITA! Passei a procurar meninas interessadas em tocar, mas acreditem - é MUITO difícil! Ainda mais para tocar Thrash Metal, que era meu foco. Quando eu estava quase desistindo, vi a baterista Fernanda Terra postando no Facebook dela algo sobre a banda NERVOSA, banda só com garotas, com influência de Slayer e Sepultura. A primeira coisa que pensei? "Putz, roubaram minha idéia" ! Mas mal sabia eu que elas estavam à procura de baixista e vocalista. 

O André, guitarrista das bandas Nitrominds e Musica Diablo, tinha me indicado pra umas das meninas, e a Fernanda Terra dá aula no mesmo lugar que meu namorado. Então através de indicações elas chegaram até mim, e quando abri o e-mail da guitarrista Prika, ela falava que procurava alguém no baixo que pudesse acompanhá-la "nos seus riffs com influência do Kill 'Em All" do Metallica! Não pensei duas vezes! Como já fazia backing vocals na minha antiga banda, comentei com elas que eu poderia fazer um teste cantando pra ver se eles gostavam, e acabou rolando! Foi incrível encontrar essas meninas. A gente vive falando que a gente, atualmente, é a banda com que todas sonhávamos! Cada uma vê na outra exatamente tudo o que sempre procurou em companheiras de banda e isso é maravilhoso! 

Recentemente houve a saída da guitarrista Karen Ramos. Qual foi o motivo para o desligamento dela da banda e como foi tomar a decisão de seguir como um Power Trio ao invés de arranjar uma guitarrista substituta?
A Karen morava em Curitiba e desde que entrei na banda ela estava pensando em vir pra cá. Sempre apoiamos e fomos muito pacientes com ela, afinal, largar a vida estável em uma cidade para arriscar em outra, não é uma decisão fácil. O tempo foi passando e a dedicação de todas devia aumentar para que acompanhasse o ritmo em que a banda estava seguindo. A distância, infelizmente, interferia MUITO nisso, pois raramente podíamos contar com ela em assuntos emergenciais e em outras questões mais simples de uma banda, como ensaios, por exemplo. Então ela começou a sentir que precisaria vir para cá, pra podermos andar todas no mesmo ritmo. Oferecemos um leque de oportunidades e apoio caso ela viesse para cá, mas ela acabou tomando a decisão de ficar por lá e investir em outros projetos. A saída foi hiper pacífica e mantemos contato normal com ela até hoje. Foi doloroso pra gente e pra ela, é claro, mas todas compreendemos que a distância estava afetando muito a produtividade da banda e aceitamos e respeitamos a decisão dela! Optamos em permanecer como um power trio, pelo fator determinante do entrosamento. Já estávamos acostumadas a fazer muitas coisas somente nós três, e estamos em um nível de entrosamento e amizade incrível e bem nivelado. Portanto, naturalmente, qualquer pessoa que entrasse, se sentiria deslocado e dificilmente acompanharia a gente. Então preferimos seguir adiante dessa maneira e estamos muito confortáveis com isso. Quem já pôde ver ao vivo a formação como um trio alegou ter gostado muito do resultado! Estamos muito felizes e satisfeitas. 

A Nervosa é uma banda relativamente nova e já alcançou uma boa repercussão, fechando parcerias e fazendo vários shows, alguns até junto com bandas importantes da cena do Metal no Brasil e já há shows agendados juntamente com a Artillery, Exumer e Exodus. Como é lidar com tudo isso?

Cara, na verdade isso tudo é resultado de MUITA correria, de verdade. Tudo o que a gente conquista, cada pequenos passo que a gente dá, são resultado de muita correria. a gente sabe que pra chegar em algum lugar, que pra fazer o máximo de pessoas conhecerem nossa música que é feita com tanta paixão e dedicação, vai depender somente de nós mesmas. Se a gente ficasse parada, na nossa, nada teria acontecido. E meu, TUDO o que a gente faz são coisas simples! Demandam tempo, mas são coisas simples, que qualquer banda que tenha sangue nos 'zóio' pra fazer acontecer, pode fazer.

O nosso site, nós mesmas fizemos, nosso logo, nós marcamos os shows, nós fazemos nossa própria divulgação por não ter grana pra assessoria de imprensa e tudo o mais, nós que varamos a noite divulgando links por aí, nós que corremos atrás de amigos e parceiros pra ajudar a gente nesse começo e naturalmente a gente vai vendo o resultado, e cada uma dessas coisas significa MUITO pra gente. A gente lida com tudo isso da melhor maneira possível, porque é o resultado palpável de toda a nossa correria e dedicação!

Quanto ao Artillery, Exumer e Exodus, não vou nem comentar, PORQUE AINDA NÃO ESTOU ACREDITANDOOOOOOOO! hahaha Vai ser demais, me belisco todos os dias pra acreditar no convite que fizeram pra gente tocar com essas bandas, que são enormes influências pra gente. Pra mim é algo surreal ainda, só vou acreditar quando chegar o dia e dermos o nosso melhor em cima do palco! É uma p&*ˆ% de uma responsabilidade, mas lutamos pra conseguir e vamos provar que valeu à pena pra quem acreditou na gente! A chave para conseguir alguma coisa está dentro de você: acredite, se dedique e NUNCA tenha medo.

por Iza Rodrigues
Menina Headbanger

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Johnny Marr - The Messenger
Morrissey - Such a little thing makes such a big difference
The Smiths - How soon is now (Italian 12 inch version)

Nine Inch Nails - Come Back Hunter

Black Sabbath - Damaged Soul

Nervosa - Invisible opression
Sepultura - Inner self
Korzus - Ties of blood
Violator - Thrash maniacs
Berzerkers - Desperaty

The Flaming Lips - Look... The sun is rising

Frank Zappa - Baby Snakes
Faith No More - Hippie jam song
Melvins - Night goat

Air - Kelly, watch the stars!
Bluer - To the end
Cocteau Twins - Five Ten Fiftyfold
God is an astronaut - Forever lost

Saara Saara - Carta Corrente
Os 5 Generais - Pássaros negros
Kafka - Valsa do medo
O ùltimo Número - Animal sentimental
Finis Africae - Armadilha


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